LA NUEVA AGENDA

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A edição de maio de 2020 acaba de sair do forno
e está disponível gratuitamente na internet.

BERNARDO SORJ

Fundado poucos dias após a Queda do Muro de Berlim (1989), o Journal of Democracy
completou 30 anos de vida. Os dois primeiros textos, de Francis Fukuyama e
Yascha Mounk, analisam o estado da democracia no mundo, e Sumit Ganguly
e Ladan Boroumand jogam luz sobre dois grandes países, Irã e Índia.
O artigo sobre o Brasil, de Humberto Dantas, analisa o panorama das eleições
municipais. Os textos foram escritos antes da pandemia do Novo Coronavírus.

O que aconteceu com as democracias da terceira onda?
Os últimos 30 anos na política mundial: o que mudou?
Francis Fukuyama
O cientista político nipo-americano, que publicou “O Fim da História” no momento em que o comunismo deixava de ser ameaça à democracia e terminava a Guerra Fria, analisa o que mudou na política mundial desde então. “Nas décadas seguintes houve um grande avanço democrático. Atualmente, vivemos o que Larry Diamond chama de recessão democrática, que pode se transformar em uma depressão generalizada. As páginas do Journal refletiram tal mudança, indo de um otimismo cauteloso a uma preocupação crescente diante do surgimento de novas ameaças à democracia”, escreve o professor de Stanford.
Três duras verdades sobre as redes sociais
O fim da história revisitado
Yascha Mounk
O cientista político germano-americano especializado em teoria política e democracia revisita o célebre ensaio de Fukuyama (1989): “Virou moda generalizar os acontecimentos políticos recentes como o fim do fim da história. Mas, embora haja hoje uma forte razão para acreditar que as contradições da democracia liberal vão muito além do que se havia pensado, ainda é cedo para dizer se os populistas serão capazes de construir regimes políticos nos quais essas tensões sejam menos severas”, escreve o professor da Universidade John Hopkins.
Como a inteligência artificial está transformando a repressão
Os iranianos se afastam da República Islâmica
Ladan Boroumand
“Nas últimas quatro décadas, a República Islâmica do Irã tem sido o crivo do terceiro maior desafio ideológico do mundo (após o fascismo e o comunismo): um ataque contínuo e persistente à democracia liberal. Mas cada vez mais a sociedade iraniana demanda liberdade e, se esse movimento for bem sucedido, poderá dar força à causa liberal-democrática global”, escreve a ativista de direitos humanos iraniana, neste artigo publicado pouco depois do regime dos aiatolás reprimir protestos em mais de 80 cidades, causando mais de 200 mortos.
Como os populistas venceram na Itália
Uma Índia iliberal?
Sumit Ganguly
O quarto texto analisa os sinais preocupantes do surgimento de uma Índia iliberal, sob o comando do premiê Narendra Modi, ligado ao movimento nacionalista hindu. “A Índia sobreviveu enquanto um Estado funcional, embora caótico, por conta de seu comprometimento (ainda que falho e parcial) com a democracia liberal. Desmontar esse alicerce e abandonar o ideal de igualdade perante a lei em nome da utopia nacionalista hindu do BJP traria consequências perturbadoras”, alerta o professor da Universidade de Indiana (EUA).
A gênese de 2013: formação do campo patriota
Eleições Municipais: o que 2020 nos reserva?
Humberto Dantas
Em artigo inédito, o cientista social brasileiro traz “uma visão abrangente e empiricamente fundamentada” das eleições para prefeito e vereador no Brasil, realizadas dois anos depois (ou antes) das eleições nacionais. “Compreender o impacto das eleições municipais sobre os pleitos estaduais e federais seguintes, bem como entender inversamente como tais disputas influenciam as corridas municipais, é assunto que tem desafiado a ciência política. Uma coisa se sabe: a conjuntura política gerada por uma disputa eleitoral não necessariamente persistirá na próxima”, escreve Dantas. É bom lembrar que, em 2020, o primeiro turno está marcado para 4 de outubro, mas pode ser adiado em função da pandemia de Covid-19.

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